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Avatar de Ana Clara Otoni

Adorei a sua reflexão, Jéssica. Li também na revista TPM, a escritora Iana Villela fazer uma comparação sobre o apego de homens que jogam videogames, são tarados por anime e RPG e a resposta da sociedade a isso. Um tanto quanto diferente à dada às mulheres que colecionam e cuidam de bebês reborn. Achei a comparação pertinente porque evidencia os pesos diferentes para cada gênero.

A gente bem sabe que na infância é nos dado brinquedos que são treinamentos para os papéis sociais que são esperados de nós: cuidadoras de casa (porque muitas vezes nem donas somos, as escritoras geralmente estão nos nomes dos homens), mães e cozinheiras.

A pressão é tamanha que são poucas as mulheres que têm hobbies ou que se permitem um momento de ócio ou descanso. Então, se algumas estão encontrando algo lúdico nesta coisa de reborn acho um sintoma interessante de ser avaliado e não apenas julgado.

Eu confesso que também senti um desconforto quando vi as primeiras postagens sobre isso. Assisti tudo meio incrédula. E para falar a verdade, cada vez mais está mais difícil saber o que é real do imaginário, do artificial. Eu leio qualquer coisa na internet e já vou conferir se a pessoa que escreveu existe, verifico se a imagem não foi gerada por AI. É um tempo e um desgate grande e que consome o tempo de tela. Agradeço a troca!

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Avatar de Adriana Grumiche

Logo que soube deses bebês reburns achei bizarro...tanto quanto as relações com bonecas inflaveis e pessoas que se identificam como animais...conversando com minha filha psicóloga ela pautou basicamento o que você relata, isso é sintoma. Sintoma da nossa sociedade como um todo, com as pressões de sermos felizes, prósperos, seguidores de regras, de sermos reconhecidos.....eu estou ainda digerindo tudo isso. Obrigada por colocar um pouco de luz no assunto.

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